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A DANÇA DE SALÃO E A PROPAGANDA

megafone

Para que os trabalhadores da dança de salão tenham êxito nas suas carreiras, além das inúmeras atribuições que lhes são obrigatórias, é importantíssimo que estes façam uma boa propaganda de si próprios.

Explicando melhor, conseguir aparecer com o resultado do seu trabalho é mais um dos deveres de quem vive da dança, considerando a extrema relevância disso.

Lógico, isso não é exclusividade dos que atuam nesta área, cabendo frisar que a propaganda é necessária para o bom andamento deste e de todos os outros ramos da nossa sociedade.

No entanto, ela pode causar prejuízos neste meio, tanto para os seus profissionais, quanto para o seu público, o que também não ocorre somente nesta atividade.

É capaz de acontecer, por exemplo, que a propaganda se torne a principal referência de um trabalhador, vindo a ter um significado maior até do que a competência deste.

Ou ainda, as realizações de um profissional podem ter o seu valor relativizado de acordo com a publicidade que foi feita destas, observando que nem sempre o que tem mais destaque é realmente o melhor.

Isso tudo pode vir a prejudicar, primeiro, aqueles que trabalham com a dança, tendo em vista que o sucesso destes fica condicionado a um fator que nem faria parte das suas obrigações originais (saber aparecer).

Sendo que afeta igualmente o público desta atividade, pois corre o risco deste contratar alguém apenas pelo conhecimento que teve por informações advindas desta maneira.

E o pior é que isso atinge, sobretudo, as pessoas que estão iniciando na dança, as quais, até pela inexperiência neste assunto, não sabem distinguir o que é ou não é um bom trabalho.

Aí, é possível que elas entrem no mundo da dança em algum lugar que não lhes ofereça o retorno que foi vendido, perdendo, portanto, o seu tempo e o seu dinheiro.

Assim, talvez o melhor a ser feito no momento, é tentar esclarecer estas pessoas, a fim de fazer com que elas já comecem nos locais que proporcionem de imediato o que buscam.

Nesta idéia, uma das primeiras atitudes a serem tomadas é procurar tratar a dança exatamente da mesma forma que se trataria qualquer outro produto.

Quer dizer, na hora de escolher um professor ou uma escola, o certo é fazer todo o tipo de pesquisa para se informar sobre estes, como: visitar várias escolas, fazer um período de experiência em cada lugar…  

Convém verificar, junto a isso, os pontos específicos desta atividade, tentando identificar as marcas que um serviço tende a deixar quando é bem feito.  

O que indicaria um bom profissional seriam as suas realizações dentro da dança, dependendo do tempo de carreira deste, ou a sua procedência se ele estiver em uma fase inicial.

Cabendo mencionar que é importante ver se a escola ou o professor têm uma visão maior da dança, no sentido de procurar evoluir o ser-humano em todos os seus aspectos…

Ou seja, acredito que os profissionais da dança, além de cumprir o seu compromisso central de uma maneira excelente – ensinar a dançar com a técnica perfeita – devem ter o objetivo de melhorar a existência das pessoas de uma forma completa.

Isto é necessário porque é indispensável que esta arte tenha o sentido de propiciar mais qualidade de vida, e deixar os seus praticantes cada vez mais felizes, pois dança também é isso (ou talvez seja principalmente isso).

Enfim, é imprescindível que os profissionais da dança se esforcem para ficar em evidencia, especialmente aqueles que têm a consciência de que fazem um trabalho sério, pois isso é essencial para o crescimento destes.

Apesar disso, é interessante ressaltar sempre que a propaganda, sozinha, não significa nada, e que, também neste ambiente, ela tem que vir somente para ajudar.

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A FORMAÇÃO NA DANÇA DE SALÃO E A INFORMALIDADE

 

Ainda que existam várias maneiras de vir a ser um trabalhador da dança de salão, a maioria delas não possui o nível de formalização das profissões que precisam de faculdades, universidades, cursos profissionalizantes…

Assim, quem pretende iniciar uma carreira nesta área, além de enfrentar os obstáculos comuns a qualquer ramo (como a escassez de oportunidades, a grande concorrência, a inexperiência…) tem que saber lidar também com essa carência de regulamentação.

Esse, talvez, seja um dos principais motivos de “ouvir-se dizer” que o meio da dança de salão é um dos mais complicados para começar, sendo totalmente possível acreditar nessa afirmação.

Primeiro que até o presente momento não há muitas regras específicas, plenamente estabelecidas e amparadas por uma entidade correspondente (como sindicatos, ordens, conselhos…), a respeito dos direitos e deveres de quem compõe esta classe.

Além disso, falta uma definição ou caracterização precisa do que é um trabalhador da dança de salão, juntamente com algum tipo de caminho mais legal ou oficial para se tornar um.

Isso faz com que a dificuldade para ser um profissional da dança de salão seja particularmente grande, observando que toda essa situação abre brechas para que injustiças ocorram.

Por exemplo, creio que um dos caminhos mais comuns para iniciar nesta atividade seja através das escolas de dança, visto que é plausível supor que a maioria dos profissionais começou assim.

Dentro deste modelo de capacitação, as escolas irão proporcionar uma formação aos aprendizes (oferecendo informações, oportunidades, títulos…) para que estes evoluam.

Em troca, a escola receberá dos iniciantes todos os tipos de serviços necessários para se manter, seja nas aulas que ela oferece, nos eventos que ela realiza ou em quaisquer outros momentos.

Até aqui, esta relação estaria equilibrada, pois existem regras – ainda que não escritas – a serem cumpridas, no que tange às obrigações e às recompensas de cada parte.

Ressaltando que, mesmo se muito for exigido dos aprendizes, esta ligação não viria a ser injusta por isso, porque se a formação propiciada pela escola for de qualidade, ela fará toda diferença em uma futura vida profissional.

No entanto, como já foi dito, neste sistema não há um conjunto de normas inteiramente bem delimitadas, além de não ter, também, nenhuma fiscalização para garantir que tudo seja feito do jeito mais correto.

Por este motivo, uma das partes pode passar a concentrar demais o seu poder no decorrer deste processo, e é isso que dá espaço para que arbitrariedades sejam cometidas.

Colocando em termos práticos, teria a chance de ocorrer, por exemplo, que a quantidade dos serviços cobrados para o desenvolvimento – apesar da certa permissão para ser grande – se torne desproporcional e praticamente impossível de ser cumprida pelos aprendizes.

Aí, não restariam alternativas a estes a não ser desistir da escola (já tendo, às vezes, ajudado bastante, por muito tempo, e não ter recebido, ainda, o que seria devido) ou fazer tudo o que ela manda, sem ter o mínimo de condições ou a quem reclamar.

E, talvez o pior que possa acontecer neste modelo, é o fato do lado pessoal passar a ter um valor maior do que qualquer outro, sobrepondo-se a quesitos que teriam que ser considerados em primeiro lugar.

Explicando melhor, devido ao “fator humano” estar extremamente presente nesta associação, é capaz de alguém obter vantagens da escola – não por uma questão de esforço, evolução, ajuda, trabalho, competência ou talento – mas unicamente em razão da afinidade que tem com os superiores.

Claro, não devem ser feitas generalizações destes exemplos, e cabe frisar que o bom relacionamento é necessário para crescer em qualquer ambiente profissional.

Apesar disso, destaca-se que a afinidade (ou a discriminação) que foi colocada é aquela que surge por características que jamais fariam diferença para quem deseja trabalhar com a dança.

Enfim, toda essa questão da informalidade é muito difícil de mudar atualmente, tendo em vista que ela se baseia em causas profundamente complexas.

Se fosse o caso de tentar dar alguma solução que atenue tudo isso, poderia se solicitar alguns comportamentos dos que estão no comando das relações desta natureza, ou buscar aconselhar os que estão no pólo mais vulnerável.

Porém, talvez o melhor já tenha sido feito, que é a identificação e a exposição do problema, pois sabendo do que ele se trata e qual é a sua origem, este possivelmente fique um pouco menos complicado de ser resolvido.

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A DANÇA E A MÚSICA

É certo que muito já foi falado e escrito a respeito da arte no decorrer da história da humanidade.

É certo, também, que inúmeras pessoas competentíssimas – como escritores, filósofos, especialistas em determinadas áreas – já se expressaram excelentemente bem sobre ela, ou esclareceram definitivamente vários dos seus pontos mais técnicos.

No entanto, acredito que os assuntos ligados à arte serão sempre ininteligíveis em sua totalidade, se estes forem delimitados com explicações ou esclarecimentos.

Melhor dizendo, tudo o que for referente à arte, mesmo que possa ser entendido de algum modo, só será captado inteiramente através do sentir ou de uma percepção diferente.

Há, inclusive, frases neste discernimento, que aparentam ser comuns, como: “a arte não existe para ser compreendida, mas sim sentida”; ou “a arte é a forma de expressão impossível de ser alcançada em palavras”…

Aliás, pode ser que o real valor da arte se dê justamente por esta incapacidade de verbalizar por completo o que está se passando interiormente, sendo que ela teria sido criada somente para tanto.

Ou seja, quando as palavras se tornaram insuficientes para exprimir algo, surgiram as maneiras artísticas de se fazer isso, como a música, a dança, a pintura, o teatro, o canto, a escultura…

Perto desse pensamento está, por exemplo, a impossibilidade de descrever os motivos da música ser capaz de despertar praticamente todas as emoções imaginadas, desde uma alegria eufórica até uma sensação da infância extremamente pessoal.

Tampouco daria para explicar porque uma música modifica completamente um ambiente, transformando este em um local de festa, de dança, de meditação, de concentração, de estudo…

Sem contar, também, que não tem como esclarecer a razão de certas músicas fazerem o que parece ser a conexão exata entre a sua forma (a maneira que ela é cantada e executada) e o seu conteúdo.

Em outras palavras, há músicas em que a letra e a melodia desta passam a impressão de ter grande harmonia entre si (a qual – se fosse o caso de oferecer suposições – seria motivada pela identificação com o que é colocado e pela interpretação que é feita).

Além disso, creio que até hoje não foi totalmente desvendada a relação que a música tem com a dança, no aspecto de demonstrar porque determinado som causa um impulso ou uma vontade de se movimentar ritmicamente, e de onde vem isso.

E sendo impossível elucidar estas questões (de um modo cientifico, digamos assim), talvez o que for comentado sobre isso sejam somente palpites, sugestões, mais perguntas, ou venha a se aproximar de algo poético ou filosófico.

Nesse raciocínio, uma das hipóteses é de que a dança seria a tentativa de traduzir com o corpo inteiro o que a música está transmitindo (semelhante ao que foi dito no início a respeito da arte).

Isto teria surgido, teoricamente, devido ao vínculo que o homem tem com a natureza, tendo em vista que é necessário seguir o seu tempo para viver nela.

Próximo a essa idéia, a dança teria se originado com os nossos ancestrais primitivos, os quais, por uma questão de sobrevivência, eram obrigados a se mover de acordo com as emoções geradas pelos sons da época (causados pelo ambiente, pelos animais, por outros seres humanos…).

Pode ser, ainda, que a dança tenha a ver com os antigos rituais de acasalamento, e o que é feito hoje seria meramente isso com milhares de anos de refinamento (ou não é nada disso também).

Por fim, não há como saber por que uma sensação ou uma emoção característica é suscitada quando vemos alguém fazendo o que é capaz de ser definido como “dançar bem”.

Em outros termos, é difícil dizer por qual razão as pessoas que seguem uma série de mandamentos técnicos, ao se movimentarem ao som de uma música, provocam em quem vê uma consciência de que aquilo está sendo bem feito.

Seria, em tese, apenas porque houve uma comunicação entre os nossos órgãos do sentido (visão e audição) por conseguirmos enxergar de uma forma física o que estamos ouvindo.

Ou, se esta explicação ”orgânica” soar muito limitada, o dançar bem estaria relacionado a algum lado transcendental do ser humano, o qual nos faz procurar incessantemente a harmonia e a conexão.

Neste aspecto, isto estaria associado ao próprio sentido da vida, que é o de buscar a beleza, a ligação, a excelência sempre e em tudo, e ter certo contentamento ao presenciar algo desse tipo.

Talvez isso caracterizasse o que se chamaria de evolução, e o fato de querer progredir na dança constantemente seria mais uma tentativa de se aproximar disso.

Enfim…

 

 

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Como o texto anterior ficou um tanto abstrato – no entendimento mais comum e informal desta palavra – gostaria de deixar uma música que também tem algo neste aspecto.

Ela se chama “Águas de Março”, composta por Tom Jobim, e fez um sucesso enorme no Brasil e no mundo (vale a pena buscar maiores informações sobre isso na internet).

É interessante notar que o que é dito nesta música não faz sentido algum em uma primeira análise, tendo em vista que ela traz somente frases diversas, aparentemente desconexas entre si.

Sendo curioso perceber ainda, que embora ela seja cantada de uma forma serena e até alegre (na versão interpretada pelo próprio compositor), não são mencionadas unicamente coisas boas ou prazerosas

Melhor dizendo, mesmo que ela venha a transmitir sentimentos bons devido ao jeito que ela é executada, nela há expressões como: “tombo na ribanceira”, “no rosto, o desgosto”, “corpo na cama”, “espinho na mão”, “corte no pé”…

Para tentar explicar isso, uma das minhas interpretações seria a de que o autor está em uma posição que lhe permite ser o observador de todas as situações, estando, de algum modo, longe ou acima destas.

Ou seja, ele simplesmente está descrevendo os acontecimentos de uma vida – que talvez já tenha até passado – e assim consegue enxergá-los de uma maneira distante e leve.

Por isso, tudo é colocado de uma forma calma, sem julgamento ou avaliação, e é isso que faz com que a letra passe a impressão de ter alguma mensagem mais coerente.

Cabendo ressaltar que esta é a minha visão – e apenas uma delas – observando que não tenho o conhecimento se esta música traz um significado implícito diferente ou se ela foi escrita dentro de um contexto em que tudo isso tem algum outro nexo.

No entanto, ainda que pudesse ter acesso à tais informações, provavelmente escolhesse não ir atrás delas, pois preferiria esta idéia única e individual que esta música tem para mim, sem maiores explicações.

Podendo ser que esta abstração – a qual abre margens para inúmeras acepções – é que faz com que esta música tenha um sentido particular para cada um, e talvez seja esse o motivo do seu grande êxito.

 

Águas de Março

Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumueira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira

É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto, o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

Au, edra, im, minho
Esto, oco, ouco, inho
Aco, idro, ida, ol, oite, orte, aço, zol

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

 

 

Dança de Salão

PERSONAL DANCER: MAIS CONSIDERAÇÕES

PERSONAL - MAIS ESCLARECIMENTOS

Cobrar para ser par em eventos de dança – com os desdobramentos que existem dentro disso – é uma forma de trabalho bastante difundida no meio da dança de salão.

Quem presta este serviço é conhecido como personal dancer, observando que esta é apenas uma expressão relativamente nova para um trabalho que já é antigo.      

Este profissional vem exercendo um papel de grande valor, tendo em vista que ele está sendo, praticamente, um fator determinante para muitos permanecerem na dança de salão.

Isso ocorre porque uma das modalidades das suas funções resolve o que talvez seja um dos maiores problemas nesta área, que é a falta de par para dançar.

Assim, ele está fazendo a diferença, por exemplo, entre alguém sair para dançar e efetivamente dançar a noite inteira, e sair para dançar e não dançar nenhuma música.  

Inclusive, o personal dancer inúmeras vezes é o primeiro contato que alguns têm com a dança, e por isso recebe, sem querer, a incumbência de ser uma espécie de anfitrião neste universo.

Dessa maneira, ele realiza atos importantes, como fazer com que as pessoas se sintam totalmente confortáveis em um salão de dança logo na chegada nesta atividade.  

Apesar de tudo isso, a existência deste profissional ainda é capaz de suscitar certos questionamentos, os quais podem ser a respeito das suas atribuições específicas ou da sua pertinência na dança de salão, devido a alguma finalidade que esta venha a ter.

Uma destas questões se dá pelo motivo do personal dancer, além de cumprir os seus deveres característicos, ter que ensinar os seus contratantes a dançar, desempenhando, assim, as funções de um professor.

A dúvida que surgiria neste momento seria acerca da capacidade dele em fazer isso, considerando pontos como a sua técnica ou a sua metodologia para tanto.

Junto a isso, poderiam ser feitas indagações referentes ao lugar deste ensino, sendo que ele acontece no salão de dança (ambiente de trabalho do personal dancer) ao invés de uma escola.

Inicialmente, é relevante esclarecer que o local próprio para estudar a dança e aprender coisas complexas a respeito dela é, realmente, as escolas de dança.

No entanto, em muitos casos, o personal dancer é requisitado para dançar com quem está conhecendo a dança de salão – como já foi dito – os quais estão começando a adquirir as noções sobre ela.

Nestas ocasiões, o personal dancer não tem escolha a não ser ensinar estas pessoas a dançar, nem que sejam os primeiros passos ou os movimentos mais básicos.

Cabendo dizer, ainda, que a competência com que esta tarefa é efetuada não depende do nome da profissão, mas sim do profissional que a está exercendo.

Ou seja, trabalhar como personal dancer não exclui a possibilidade deste saber ensinar extremamente bem, agindo excelentemente como um professor e podendo ser assim denominado.

Ressaltando que do mesmo modo que há professores que não trabalham da maneira ideal, há personais dancers que realizam o seu ofício com enorme cuidado, tomando todas as medidas para fazê-lo sempre da melhor forma.

Ainda, outra situação que geraria algumas dúvidas acontece pelo fato da dança de salão ser procurada por quem deseja conhecer e interagir com novas pessoas.    

Explicando melhor, a dança de salão pode ser buscada por aqueles que querem fazer dela um meio para a socialização, pois ela verdadeiramente promove um ambiente propício neste sentido.       

E a questão que ocorre seria a de que não se dançassem mais uns com os outros somente por dançar simplesmente, porque para isso existe um profissional remunerado. 

Sobre este assunto esclarece-se, que o mundo da dança é muito amplo, e por isso, ele sempre irá dar o que se quer dele, seja qual for o objetivo que se tenha.  

Além disso, o personal dancer é contratado apenas por uma razão pontual, e um destes motivos é justamente a falta de par, conforme foi mencionado.  

Sendo oportuno apontar que o personal dancer é capaz de ajudar até nisso, fazendo, por exemplo, com que alguém adquira coragem ou fique menos tímido para dançar ou convidar os demais para dançar, se este for o caso. 

Então, vê-se que o personal dancer é extremamente relevante para a dança de salão, pois colabora em vários aspectos para que esta continue evoluindo e crescendo.

Por tudo isso, ele próprio deve se orgulhar do seu trabalho, e merece, também, uma grande estima de todo o ambiente da dança de salão.

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A RELAÇÃO MESTRE-DISCÍPULO NA DANÇA DE SALÃO

Aquele que deseja se aprofundar no estudo da dança de salão tem a possibilidade de percorrer este caminho com o acompanhamento de alguém que já entende muito deste assunto.

Em outras palavras, quem quer algo mais sério com esta atividade – como se profissionalizar nela, por exemplo – pode fazer isso com a ajuda de um orientador.

Deste encontro, onde um ensina e o outro aprende, surgirá uma relação em que o primeiro tem um papel de enorme importância para este último, levando em conta a grandiosidade dos conhecimentos transferidos.

Tal fato acontece, inicialmente, porque é transmitida a dança, a qual, com as suas peculiaridades, proporciona o desenvolvimento do ser – humano em vários aspectos.

Junto a isso, eventualmente também será fornecida a qualificação para exercer uma profissão, o que equivale a dar aos apaixonados por esta arte a chance de realizá-la em horário integral e ser remunerado para tanto.

Além disso, dentro de tudo o que é passado, estão inseridas lições que fazem o aluno adquirir uma sensibilidade e uma consciência maior sobre a própria vida, as quais são capazes de transformá-lo por completo.

Assim, a pessoa que ensina, neste meio, representa uma evolução na existência de quem recebe os seus ensinamentos, fazendo com que ele possa, com toda a dignidade, ser chamado de mestre.

No entanto, apesar de serem realmente significativas as mudanças que esta ligação mestre-discípulo traz, este convívio pode se tornar extremamente complexo.

Isso porque o caminho para aprender a dançar verdadeiramente, quase nunca é leve e tranqüilo, sendo até doloroso em alguns momentos, e a relação entre o professor e o aluno é suscetível de refletir esta situação.

A começar pelo fato de que, quem ensina, nesta área, tem a – desagradável, porém fundamental – obrigação de apresentar todas as dificuldades que devem ser transpostas para que haja o desenvolvimento.

Ou seja, justamente por mostrar os obstáculos que serão encontrados em uma futura vida profissional, aquele que está ensinando corre o risco de passar a ser visto como alguém que tem a infeliz tarefa de trazer somente situações desconfortáveis.

Não obstante a isso, é necessário afirmar que, quanto maior as dificuldades enfrentadas, maior será o progresso, e por este motivo, quanto mais exigente é o professor, melhor ele será.

Dizendo de outra forma, o professor que mais promove o crescimento é o que, constante e exaustivamente, tira os seus alunos da tão famosa zona de conforto, exigindo destes o mesmo que exigiu de si próprio para ser um mestre.

Sendo interessante explicar ainda, que este desconforto trazido pelo professor não se limita à execução de determinados movimentos corporais, técnicos, ou coisas assim, pois dançar não é só isso.

Aprender realmente a dançar mexe com questões internas, as quais, em certas circunstâncias, são difíceis de serem trabalhadas, e o verdadeiro professor, com a responsabilidade que tem com os seus aprendizes, deve falar o que estes precisam – e não o que desejariam – ouvir.

Ressaltando que as instruções, em inúmeras ocasiões, têm que ser colocadas de uma maneira prática, não tendo, às vezes, a chance de serem considerados vários pormenores envolvidos.

Falando de um modo diferente, as lições passadas nem sempre virão do jeito mais macio e suave, e nem todos os sentimentos dos alunos poderão ser trabalhados minuciosamente em todos os momentos.

Se fazem necessários estes esclarecimentos porque o professor, mesmo sendo evoluído em alguns aspectos, é uma pessoa normal, capaz de sequer perceber o quanto tocou profundamente o seu aluno com algo que fez ou disse.

Por fim, um dos últimos incômodos que professor causa é o de mostrar incessantemente que o processo de aprender a dança de forma completa é infinito.

E apenas com o seu exemplo, o autêntico mestre pode fazer os seus alunos verem que, embora já tenham caminhado bastante, continuam tendo muito o que aprender.

Porém, ainda em meio a tudo que foi exposto, o professor propicia extraordinários ganhos, conquistas e realizações, os quais certamente superam quaisquer pontos negativos que possam existir nesta relação.

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PROFESSOR DE DANÇA: UMA CARACTERÍSTICA ESSENCIAL

Cada profissional possui inúmeros motivos para se esforçar ao máximo no cumprimento do seu dever, seja para se manter no mercado ou até mesmo por alguma forma de realização pessoal.

Para isso, acredito que é necessário, aos trabalhadores, terem um sério cuidado no desempenho de todos os requisitos que fazem parte do seu serviço.

No caso do professor de dança, são incontáveis as razões para ele se empenhar extremamente na sua função, e obviamente não são poucos os itens que existem para alcançar esse objetivo.

Primeiramente, ele tem que procurar fazer da maneira mais excelente possível as incumbências específicas e diretas que compõe o seu trabalho, que é o ensino da dança.

Assim, o professor precisa, de início: dominar totalmente a técnica que pretende passar, focar em ter a melhor metodologia, se aperfeiçoar e se atualizar constantemente…

Junto a isso, tendo em vista que a arte da dança propicia um ambiente de grandes experiências – que podem marcar profundamente os seus praticantes – a sua atuação requer, acima de tudo, esta consciência.

Ainda, observando que a dança de salão é uma atividade social, que estimula a convivência e a interação entre as pessoas, o professor também é obrigado a buscar saber muito sobre estes assuntos.

Desse modo, vê-se que o trabalho que o professor exerce é bastante amplo, e traz vários pontos a serem estudados, os quais são igualmente importantes para que ele efetue o seu ofício do jeito que deve.

No entanto, talvez um das principais características necessárias ao professor, nesta área, é a de conseguir fazer com que a dança conquiste “o coração” dos seus alunos (tomando emprestada uma expressão bem antiga).

Ou seja, ele tem que saber atingir o lado emocional das pessoas, pois somente dessa maneira será criado nelas o mais real desejo de aprender a dançar (o que significa fazer isso não de uma forma física, exclusivamente, mas sim com um sentimento maior).

O professor precisa ter a capacidade de passar para aqueles que estão chegando a sua própria paixão pela dança, a qual o levou a ser um profissional e servidor desta arte.

Se assim não for, a dança possivelmente nunca será enxergada como a atividade transcendental que é, capaz de melhorar, dar sentido e até salvar vidas.

Cabendo ressaltar que é fundamental que essa conquista se faça no começo do processo de aprendizagem, porque é neste momento que deve ser mostrado aos alunos que estes encontraram o que estavam procurando.

Em outras palavras, já nas primeiras aulas é indispensável que o professor dê exatamente o que alguém veio buscar, seja o prazer de dançar simplesmente, um crescimento nos relacionamentos, uma harmonização com o seu corpo, um novo hobby, um meio para evoluir…

Desde o princípio da caminhada, o verdadeiro valor da dança precisa ser transmitido, que é a de proporcionar inúmeros benefícios em qualquer âmbito que poderia ser citado (físico, mental, social…).

Os demais requisitos que integram as obrigações do professor – como a técnica e a metodologia, para ilustrar – são importantíssimos, pois ele é um exemplo para os seus alunos e um facilitador do caminho destes.

Todavia, se houver apenas o domínio de tais pontos, corre o risco do professor ter uma metodologia que possa parecer fria e impessoal, que provavelmente virá junto de uma técnica meramente mecânica.

Esta, por sua vez, fará com que se executem movimentos vazios, os quais, ainda que se forem feitos perfeitamente e acompanhados de uma música, não poderão ser considerados como uma dança.

O aluno tem que sentir, com o seu professor, que encontrou algo que oferece uma maneira diferente de viver, muito mais artística, digamos assim (mas poderia ser dito: muito mais bonita, colorida, satisfatória…).

E – também para justificar a forma apaixonada e entusiasmada que tudo foi exposto – reafirma-se que uma grande emoção é mesmo necessária para que se consiga ensinar a dançar (ou para ensinar qualquer coisa).

Somente se for despertada esta autêntica vontade de aprender, é que a dança será realmente assimilada, com todas as excepcionais matérias que compõe esta atividade.

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OS CAMINHOS DOS PROFISSIONAIS DA DANÇA DE SALÃO

Acredito que o sucesso profissional, mesmo tendo um conceito que varia de pessoa para pessoa, pode ser definido como a soma de diversas conquistas feitas durante uma carreira.

Dentre estas estão, por exemplo: a obtenção de uma remuneração satisfatória; uma certa estabilidade; o destaque no meio de atuação; um sentimento de realização; a possibilidade de evoluir sempre…

O alcance de cada um destes itens tem a sua própria dificuldade em qualquer profissão que existe, e para os profissionais da dança de salão não é diferente.

No entanto, quem trabalha – ou deseja trabalhar – nesta área, enfrenta logo no início, um grande e importantíssimo obstáculo, que é o de conseguir uma remuneração minimamente razoável com esta atividade.

Em outras palavras, para que o profissional da dança de salão continue assim considerado, ele tem que, primeiramente, encontrar um jeito de se sustentar com esta arte.

E isso é uma das coisas mais difíceis a serem feitas com a dança de salão, tendo em vista que não há muitas maneiras de ter retorno financeiro com ela.

Explicando melhor, embora hajam vários caminhos a serem tomados neste meio, a maioria deles acabam por trazer pouco – ou às vezes nada – em se tratando de algum tipo de salário.

Neste sentido, há pessoas que realizaram feitos notáveis (como montar uma companhia de dança; conquistar boas colocações em relevantes campeonatos; fazer apresentações belíssimas…) e não transformaram isso em pagamento.

Existem casos, ainda, de profissionais que participaram de grandes eventos de dança, e até obtiveram determinada fama com estes, e nem mesmo isso trouxe algum proveito econômico diretamente.

Assim, é admissível afirmar que se sustentar com a dança de salão será possível somente se os esforços forem concentrados nas ações certas para atingir esse objetivo.

Sendo que uma das formas de alcançar isso – e talvez uma das únicas – é fazer com que a dança venha ser uma atividade útil, a qual possa ser realizada, ou “utilizada”, constantemente.

Ou seja, como a maioria dos feitos nesta área podem servir apenas para deixar os profissionais conhecidos, a chave para ganhar dinheiro com a dança seria prestar, continuamente, algum serviço bom para alguém.

Dentro deste pensamento estão, por exemplo, os professores de dança, os quais trabalham com o ensino desta arte, com todas as especificidades envolvidas nisso.

Além destes, um profissional bastante requisitado, atualmente, é o personal dancer, o qual cobra para servir de par para dançar (também com os desdobramentos que compõe esta função).

Ainda nesta idéia, há aqueles que aliam estes trabalhos a alguma outra atividade de caráter mais empresarial, promovendo a dança de salão de um modo maior.

Entre estes estão os professores de dança que, junto a isso, são proprietários de escolas e organizadores de eventos (como bailes, congressos, cursos…).

Ficando claro, logicamente, que estas não são as únicas formas de ganhar com a dança, observando que cada profissional deve buscar expandir os serviços que efetua para tanto.

Cabendo dizer que a criatividade – tão importante nesta área em todos os sentidos – é imprescindível para os trabalhadores da dança de salão também neste aspecto.

Finalmente, ressalta-se que este assunto é fundamental, pois somente se a questão da remuneração for vencida, a dança de salão poderá continuar sendo enxergada como profissão, e tendo os seus profissionais.

E estes, apenas após isso, conseguirão prosseguir rumo ao seu sucesso de maneira completa e definitiva.

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QUANTO TEMPO DEMORA PARA APRENDER A DANÇAR?

Quem decidiu aprender a dançar, muitas vezes tem dúvidas quanto ao tempo que levará para isso acontecer.

No entanto, mesmo que possam ser feitas estimativas a esse respeito, é necessário dizer que não tem como dar uma resposta pronta e genérica para esta questão, pois nela estão envolvidos vários pontos a serem observados.

Primeiro que o conceito de “saber dançar” varia de acordo com o entendimento pessoal disso, e a demora para alcançar o que se quer, depende daquilo que se está buscando.

Explicando melhor, o aprendizado da dança jamais tem fim, tendo em vista que continuamente existirão novos caminhos a percorrer, questões a serem aperfeiçoadas, formas de evoluir…

Aprender a dançar, portanto, está ligado à concepção que cada um tem, porque aqueles que se dedicarem em estudar esta arte sempre terão matéria para tanto.

Além disso, infinitos fatores também influenciarão para chegar onde se pretende, como: a disciplina individual, a pré-disposição para esta atividade, a metodologia utilizada…

Assim, só com o que foi dito até aqui é cabível falar que o tempo que se leva para aprender a dançar iria estar entre “um dia”, “três meses” e “a vida toda”.

Desse modo, talvez fosse oportuno considerar a provável origem das dúvidas sobre este tema, para a partir daí, tentar trabalhar com elas do melhor jeito.

Nesta idéia, é interessante notar que perguntas acerca do tempo de aprendizagem decorrem principalmente da vontade em saber dançar com a maior rapidez possível.

Ou seja, os questionamentos referentes a este assunto nascem, de maneira geral, da pressa que se tem em aprender, a qual vem a existir por inúmeras razões.

Ela surge para alguns, por exemplo, pois estes têm a intenção de dançar em um evento específico que se aproxima, como casamento, aniversário, formatura…

É possível, também, que uma pessoa tenha passado por várias situações em que ansiou saber dançar e não sabia, e aí, quando finalmente resolve tomar uma atitude, procura saber tudo de uma vez.

E é capaz, ainda, que esta pressa se deva somente ao reflexo dos dias atuais, onde as coisas têm que acontecer com extrema velocidade, sendo que no caso, o que faltará é paciência para aprender algo desta natureza.

São incontáveis, então, os motivos que fazem alguém querer saber dançar com urgência, e a grande questão seria oferecer alguma forma de amenizar essa afobação.

De início, é bom ter em mente que para tirar proveito da dança de salão não são necessários anos e anos de estudo desta atividade, porque desde o princípio ela dará aos seus praticantes aquilo que estes esperam.

Melhor dizendo, a dança de salão, por ser bastante generosa neste aspecto, não exige que se entenda muito dela para usufruir o que ela proporciona, seja um exercício físico, um hobby, uma diversão…

Junto a isso, é válido mencionar que mesmo que o objetivo principal seja o de saber dançar, o processo até chegar lá é repleto de enormes ganhos em diversos sentidos.

Quando se está aprendendo a dançar, por exemplo, pode se aprender muito sobre si próprio e desenvolver determinadas características verdadeiramente interessantes.

Durante esta fase também se adquire o conhecimento de novas culturas, novas consciências serão despertadas, amigos irão ser feitos, obstáculos internos serão vencidos…

Por isso, ainda que o fim buscado seja o de dançar muito bem e evoluir constantemente, o certo é conseguir aproveitar todas as etapas que esta caminhada apresenta.

Inclusive, isso é fundamental, pois a pressa atrapalha além do que se supõe, observando que ela pode fazer que o aprendiz nem perceba o quanto já cresceu e se modificou.

Se ela for eliminada, ou ao menos atenuada, até uma condição mais propícia para a aprendizagem será criada, porque uma mente calma absorverá melhor o que for passado.

Enfim, dentro de um período razoável, todo mundo é capaz de aprender a dançar e atingir qualquer meta que se tenha neste sentido, e com o que foi mostrado, acredito que é correto tentar não se preocupar (tanto) com o tempo que isso vai levar.

Dança de Salão

A DANÇA DE SALÃO E OS PASSOS ACROBÁTICOS

Fazendo a diferenciação mais comum (e menos acadêmica, digamos assim) entre as formas de arte, é muito interessante ver que da interação destas surgem boas conseqüências para todo este mundo em si.

Por exemplo, a comunicação entre a literatura e o teatro trouxe – e continuará trazendo – enormes resultados, e o mesmo acontece com o teatro e a dança, a música e o cinema, a literatura e a música…

Desse modo, percebe-se que quase sempre haverá melhoras nas misturas das expressões artísticas, sendo que às vezes é praticamente impossível que uma exista sem a outra.

Sobre a dança de salão, especificamente, nota-se que esta teve inúmeras influências, as quais vieram da música, do teatro, das demais modalidades de dança…

Neste ponto, um dos grandes ganhos ocorreu com a incorporação de certas acrobacias nesta atividade (levando em conta a definição que esta palavra tem no dicionário).

Ou seja, partindo do pressuposto que estes movimentos não faziam parte da dança de salão na sua origem, é cabível dizer que eles foram totalmente bem recebidos e propiciaram uma evolução para esta.

Inclusive, tais passos até já tem uma nomenclatura própria deste meio, e nele são conhecidos genericamente como “pegadas”, “lifts”, “aéreos”, entre outros…

Assim, tendo em vista que estes são encontrados na dança de salão em, basicamente, dois momentos – nos bailes e as apresentações – é relevante tentar analisar como eles podem ser utilizados da melhor maneira.

Nos bailes, por uma questão de segurança, acredito que a existência destes tem que ser bastante restrita, e ainda, se forem feitos, devem ser realizados com um cuidado extremo.

Isso é obrigatório pois estes passos necessitam de um espaço maior do que os demais, e a área que cada casal ocupa é limitada pela presença dos outros.

Aí, a fim de acabar, ou ao menos atenuar, com qualquer risco de acidentes (que viriam a afetar tanto quem faria estes movimentos quanto quem estaria em volta) os passos acrobáticos tem que ser usados com esta consciência.

E a respeito da execução deles nas apresentações de dança de salão, creio que, antes de tudo, é indispensável observar qual é a verdadeira proposta desta.

Explicando melhor, se o objetivo for mostrar uma dança, supõe-se que o essencial a ser visto é efetivamente a dança, não podendo esta ser totalmente compensada.

Fazer essa consideração é importante porque dentro da dança de salão há muito para ser apreciado, e por este motivo, as acrobacias precisam vir para acrescentar nas demonstrações desta modalidade.

Estas têm que existir, então, para somar, e não unicamente para substituir algo, e muito menos para “salvar” uma apresentação de dança quando esta não for boa.

Lógico, os passos aéreos geralmente são difíceis de serem feitos, causam admiração, e sempre geram uma manifestação imediata de quem está assistindo.

Apesar disso, uma mostra de dança de salão não deve se restringir apenas a esses aspectos, e o todo dela não pode ser avaliado (e julgado, se for o caso) só pelas acrobacias que teve.

Em termos mais práticos, se uma apresentação de dança for ótima, ela não pode ser tida como inferior a outra só porque nesta foi feita alguma acrobacia.

Enfim, tudo que vem a influenciar na dança de salão é bem vindo, inclusive estes movimentos, que certamente trouxeram um brilho ainda maior para esta atividade.

No entanto, toda a novidade precisa ser pensada, pois somente assim estas virão para o crescimento e a evolução.

Dança de Salão

PERSONAL DANCER: UM PROFISSIONAL DE VALOR E RESPEITO

PERSONAL - VALOR E RESPEITO

O trabalhador conhecido como personal dancer é aquele que ganha remuneração para servir de parceiro de dança em ambientes onde ela está presente.

E são inúmeros os desdobramentos que existem dentro disso, os quais decorrem de alguma especificidade deste profissional, ou de uma exigência pontual dos seus contratantes.

Por exemplo, o personal dancer pode ser chamado quando alguém simplesmente deseja sair para dançar, para estar disponível durante um tempo combinado, porque ele sabe dançar muito bem, para – além de dançar – animar algum evento…

Inclusive, há locais em que a presença do personal dancer é justamente a atração principal, nos quais ele dançará com quem lá comparecer e o solicitar.

Portanto, há vários casos em que o serviço deste trabalhador é pertinente, ressaltando que neste momento, ele é um dos mais requisitados do meio da dança de salão.

Sendo que toda esta explicação foi feita para tentar acabar com qualquer dúvida sobre esta ocupação, a qual, apesar de já ser antiga, ainda gera – por parte de quem não a conhece totalmente – pensamentos que não são inteiramente precisos.

Neste sentido, um questionamento capaz de ser suscitado se daria pela própria natureza da função do personal, que é a de dançar mediante pagamento (considerando que haveria alguma razão para que isso não pudesse ser realizado).

A esse respeito, esclarece-se que vivemos em uma sociedade onde o sustento sempre é retirado de uma determinada necessidade, não importando como esta se apresente.

Melhor dizendo, qualquer trabalhador surgiu devido à carência de alguém, sendo que o ofício exercido por este é de tal importância que até o remuneram para tanto.

Esta idéia fez com que aparecessem todas as profissões que poderiam ser citadas, estando entre elas, por exemplo, a de médico, de advogado, de psicólogo…

Ressaltando que a razão de existir destas, especificamente, se dão por fatores de grande estima, como a saúde, o acesso à justiça e o bem-estar psicológico (ou algo do gênero).

Assim, se há pessoas que recebem para cuidar de coisas tão relevantes, o ato de cobrar para dançar não merece nenhuma consideração que seja diferente.

Além de tudo, é conveniente frisar que a dança de salão é muito ampla, e por este motivo, esta atividade tem várias atribuições, utilidades, e maneiras de ser enxergada.

Ela, dependendo de quem a está observando, é tida como um instrumento para a evolução, uma arte, uma forma de lazer e diversão, um hobby…

E sendo verdadeiras todas estas concepções, é completamente admissível que a dança também venha a ser tomada como uma tarefa, um produto de venda, um item a ser comercializado.

Tal entendimento apóia todos os profissionais da dança, como os professores, os proprietários de escolas, os donos de estabelecimentos que promovem a dança de salão, os que se apresentam…

Ainda, entre estes estariam as pessoas que lucram com esta atividade de um jeito um pouco menos direto, como os garçons, as bandas musicais, os DJs…

Dessa forma, é possível dizer que o personal dancer é mais um dos que fazem da dança um meio de obter algum ganho, e por esse motivo, vem colaborando de uma maneira direta para que esta prossiga existindo e crescendo.

Por tudo isso, este profissional deve ser extremamente respeitado e valorizado, tendo em vista que ele é um trabalhador (da dança) exatamente igual aos demais. 

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